A transição energética no Brasil está em foco como solução para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no setor de transportes, que responde por mais de 30% do consumo de energia no país. De acordo com informações do Times Brasil
Segundo Glaucia Souza, especialista em bioenergia da USP (Universidade de São Paulo), o Brasil está preparado para liderar essa agenda, com 22% da sua matriz de transporte já composta por fontes renováveis.
“O Brasil entra como líder, com uma série de soluções para problemas que o mundo se debruça sobre agora”, disse, em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC.
A Lei do Combustível do Futuro, sancionada em 2024, traz medidas para aumentar a produção de biocombustíveis, como etanol e biodiesel. Erasmo Battistella, CEO da Be8, vê a medida como “um divisor de águas”, destacando seu impacto no aumento da produção e uso de biodiesel, etanol e biogás.
Ele ainda explicou que a lei estabelece uma meta para o biodiesel de 20% até 2030, além de iniciativas para a aviação com o SAF (combustível sustentável).
Além disso, o setor também enfrenta desafios, como a regulamentação eficiente das novas medidas, conforme aponta o advogado especialista Guilherme Vinhas: “Para ganharmos escala, precisamos de uma regulamentação bem construída.”
O Brasil possui um grande potencial para expandir sua produção de biocombustíveis, como destaca Daniel Furlan Amaral, da Associação Brasileira de Óleos Vegetais (ABIOVE): “O Brasil pode exportar biocombustíveis para outros países que precisam de energia sustentável.”
A transição energética também conta com a participação do setor aéreo, com a AENA Brasil, como explica Marcelo Bento: “A grande questão para a descarbonização do transporte aéreo é a disponibilidade de biocombustíveis a um custo compatível.”
Créditos: Times Brasil
