sexta-feira, abril 19, 2024
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Eneva diversifica negócio e triplica receita fixa contratada nos próximos cinco anos

A Eneva, empresa integrada de energia, que atua da exploração e produção (E&P) de gás natural até o fornecimento de soluções customizadas, investiu, entre 2017 e 2022, R$ 8,4 bilhões em aquisições e expansão de suas operações. Até 2030, a estimativa é de mais R$ 11 bilhões de CAPEX, o que, somados com os últimos cinco anos, pode chegar a um total de aproximadamente R$ 20 bilhões. As cifras ilustram as transformações que estão em curso na companhia — que visam diversificação de portifólio, maior acesso ao mercado livre de energia e gás natural, criação de hubs regionais de gás e ampliação da geração de energia térmica e renovável.

Esses números, ao lado dos seis desafios estratégicos da companhia para alcançar esses objetivos, foram apresentados ao mercado no Eneva Day 2023, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (08/03). Realizado anualmente, o encontro da companhia com investidores foi o primeiro tendo à frente o CEO Lino Cançado, que assumiu o cargo em 01/01/23.

Uma das mais importantes conquistas de 2022 apresentadas no evento e que a empresa seguirá trabalhando nos próximos anos é a menor dependência na geração de receitas dos despachos de energia comandados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Ou seja, ainda que não haja demanda pela geração termelétrica, a Eneva continua obtendo resultados financeiros positivos, a partir da aquisição de ativos que garantem receita fixa à companhia por estarem disponíveis para contribuir com a segurança energética brasileira.

Os indicadores mostrados no Eneva Day mostram essa evolução. Com aquisições e novos projetos, a previsão é de uma receita fixa bruta contratada de R$ 10,3 bilhões em 2027, ante R$ 3,9 bilhões em 2022 — o que significa, aproximadamente, em triplicar o indicador.

“A Eneva está se tornando uma empresa única no país, que vai garantir uma receita fixa muito maior e independente de fatores externos, ao mesmo tempo preparada para um acréscimo de receita variável em momentos oportunos, seja por despachos quando necessário pelo ONS, seja por comercialização dos nossos produtos. Somos uma empresa de portfólio diverso, com competências únicas e pioneira, seja em nossos modelos de negócios, seja nos locais onde atuamos”, afirma o CEO Lino Cançado.

Desafios Estratégicos

Para avançar no setor de energia no país, a Eneva elencou suas alavancas de valor e as desdobrou em seis desafios estratégicos:

Estender o ciclo de vida dos ativos da companhia e replicar o modelo de negócios pioneiro Reservoir-to-wire do Maranhão para outras regiões. Nesse modelo R2W, a produção de gás natural em campos terrestres é associada à geração de energia. O combustível é utilizado como insumo na produção de eletricidade, em usinas instaladas próximas aos campos;

Maximizar as reservas e prover soluções integradas aos clientes da região Norte do país, o que já obteve grandes ganhos em 2022 com a consolidação do projeto Azulão 950;

Desenvolver infraestrutura de Hubs de Gás, estendendo a oferta do energético para comercialização principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país, já iniciada com o Hub Sergipe, após aquisição da antiga Celse em 2022;

Comercializar recursos energéticos e desenvolver novos modelos de negócios, como já realizado com sucesso em contratos com grandes clientes como Vale e Suzano em 2022;
Desenvolver portfólio renovável e promover tecnologias de baixo carbono, nos quais a empresa tem o compromisso de investir R$ 500 milhões até 2030;

Construir uma organização ágil e adequada aos novos desafios, liderada por uma Diretoria Executiva com uma nova estrutura, com diferentes expertises trazidas para o alto escalão da companhia.

Como mencionado acima, muitos desses desafios já tiveram avanços significativos já em 2022: a Eneva ampliou a capacidade contratada de energia em 4,1 gigawatts (GW) nos últimos cinco anos, alcançando 6,3 GW, enquanto a reserva de gás provada e provável (2P) avançou em 28,7 bilhões de m³, no mesmo intervalo de tempo, chegando a 47,5 bilhões de m³.

Ao lado da consolidação das aquisições e desenvolvimento de projetos e novos negócios, a Eneva trabalha para reduzir a alavancagem e abrir espaço no balanço para empreender novas janelas de crescimento da companhia.

Novos negócios

A Eneva possui duas novas unidade operacionais com previsão de entrada comercial e geração de receita já no próximo ano — a usina térmica Parnaíba VI e o terminal de Liquefação Parnaíba.

Com capacidade de 92 megawatts (MW), Parnaíba VI fecha o ciclo de Parnaíba III, o que representará um acréscimo à capacidade do complexo para 1,9 GW e o tornará o maior Complexo Termelétrico do país. Durante a obra, serão criados 900 empregos diretos e indiretos, a partir do investimento de R$ 651 milhões, que, a partir de 2025, vão gerar uma receita fixa anual de R$ 105 milhões, por 25 anos. O início da operação comercial está previsto para novembro de 2024.

Já a unidade de Liquefação Parnaíba deve começar a produzir comercialmente em maio do ano que vem, a partir do investimento de R$ 980 milhões, que deve gerar uma receita fixa anual de R$ 430 milhões. A projeção é de que, durante a obra, sejam gerados 850 empregos diretos e indiretos. Nesse terminal, o gás extraído de campos terrestres do Maranhão será transformado em líquido (GNL) para ser transportado a clientes industriais e, no ponto de consumo, assumir a forma gasosa novamente.

A planta atenderá, em um primeiro momento, a demanda contratada pela mineradora Vale e pela produtora de papel e celulose Suzano para atender às suas operações industriais no Maranhão. Mas será um importante ativo para o desenvolvimento do GNL em pequena escala, levando o gás natural onde não está disponível e contribuindo para a menor emissão de clientes que usam outros combustíveis fósseis mais poluentes, sendo fundamental para as suas jornadas de descarbonização.

“Após um primeiro período de grande crescimento, entre 2018 e 2022, a empresa entra agora em 2023 em seu segundo ciclo de investimentos, executando o plano contratado e incrementando ainda mais seu portfólio de ativos. A Eneva passou a ser uma empresa com características únicas no setor: um fluxo de caixa forte, estável, previsível e com possibilidades de upsides no despacho e comercialização de gás. É um fluxo de caixa robusto sendo reinvestido em ativos de qualidade que gerarão mais caixa no futuro, criando-se a partir daí um grande círculo virtuoso”, ressalta o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Eneva, Marcelo Habibe.

ESG

Em sua agenda ESG, a Eneva atua sob três pilares — redução das emissões, progresso social e conservação da Amazônia. Entre os compromissos a serem alcançados até 2030, estão a redução da intensidade de CO2 por MW gerado e investimentos de R$ 500 milhões em projetos de tecnologia de baixo carbono. Até 2040, será realizado o phase-out das usinas a carvão. Também está prevista a compensação de emissões nas atividades de exploração e produção de gás e o alcance do Net Zero em 2050.

Na área social, a empresa vai beneficiar, até 2030, 50 mil pessoas diretamente e 100 mil indiretamente por meio de projetos sociais com foco em geração de renda e educação. Ao mesmo tempo, serão consolidados 500 mil hectares de áreas protegidas na Amazônia Legal, a partir de cinco eixos de atuação — estímulo à bioeconomia e a projetos agroflorestais; apoio a unidades de conservação; restauração de áreas degradadas; monitoramento territorial; e ações em linha com o mercado de carbono.

“Nossa missão é liderar uma transição energética justa e inclusiva. Isso implica trazer desenvolvimento para as regiões onde atuamos, o que inclui, em alguns casos, o interior de Estados em que a população vive em meio a baixos índices de desenvolvimento humano”, destaca a diretora de ESG, Saúde & Segurança e Comunicação da Eneva, Anita Baggio.

Eneva

A Eneva é maior operadora privada de gás natural on shore do Brasil e uma empresa integrada de energia, que atua da exploração e produção (E&P) do gás natural até o fornecimento de soluções de energia. A companhia possui ativos de E&P nos estados do Amazonas e Maranhão. Atualmente, opera 12 campos de gás natural nas Bacias do Parnaíba (MA) e Amazonas (AM), e possui, ao todo, uma área total sob concessão superior a 63 mil km², a maior no Brasil.

Com um parque de geração com 6,3 GW de capacidade contratada e de projetos já em fase de construção, a Eneva produz energia segura e competitiva para o sistema elétrico brasileiro. Seus ativos de geração termelétrica estão localizados nos estados do Maranhão (Complexo Parnaíba e Itaqui), Ceará (Pecém II e Termofortaleza), Sergipe (Hub Sergipe) e Roraima (Jaguatirica II) e estão em fase de implementação no Amazonas (Complexo de Azulão, com o projeto Azulão 950). Em renováveis, a Eneva iniciará em breve a operação comercial do Complexo Solar Futura, em Juazeiro, na Bahia — um dos maiores parques fotovoltaicos das Américas.

Pioneira por natureza, a Eneva desenvolveu um modelo de negócio inédito no Brasil: o Reservoir-to-Wire (R2W), que consiste na geração térmica integrada aos campos produtores de gás natural. Com isso, a companhia desempenha um papel importante na transição da matriz energética brasileira, oferecendo energia a partir de um combustível flexível, econômico e eficiente. Listada no Novo Mercado da B3 (Bolsa de Valores brasileira) desde 2007, a empresa integra o Ibovespa e o ISE, entre outros índices da Bolsa. A Eneva visa continuar crescendo de forma responsável, oferecendo soluções de energia confiáveis e acessíveis para a sociedade.

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