As vendas de títulos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 1,288 bilhão em agosto deste ano. De acordo com os dados do Tesouro Nacional, divulgados hoje (24), as vendas do programa atingiram R$ 3,312 bilhões no mês passado. Já os resgates totalizaram R$ 2,023 bilhões, sendo R$ 1,881 bilhão relativo a recompras de títulos públicos e R$ 142,7 milhões, a vencimentos, quando o prazo do título acaba e o governo precisa reembolsar o investidor com juros.
Os títulos mais procurados pelos investidores foram aqueles corrigidos pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA), que corresponderam a 44,9% do total. Os títulos vinculados à taxa básica de juros, a Selic, tiveram participação de 38,6% nas vendas, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, de 16,5%.
O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 69,83 bilhões no fim de agosto, um aumento de 2,9% em relação ao mês anterior (R$ 67,89 bilhões) e aumento de 14% em relação a agosto do ano passado (R$ 61,24 bilhões).
Investidores
Em relação ao número de investidores, 516.099 novos participantes se cadastraram no programa no mês passado. O número total de investidores atingiu 12.465.896, alta de 54% nos últimos 12 meses. O total de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 1.635.257, aumento de 21,6% em 12 meses. No mês, o acréscimo foi de 37.855 novos investidores ativos.
A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil, que correspondeu a 83,6% do total de 540.702 operações de vendas ocorridas em agosto. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 63,2%. O valor médio por operação foi de R$ 6.126.
Os investidores estão preferindo papéis de médio prazo. As vendas de títulos com prazo de 1 a 5 anos representaram 60,2% e aquelas com prazo de 5 a 10 anos, 25,9% do total. Os papeis de mais de dez anos de prazo chegaram a 13,8% das vendas.
O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Nacional na internet.
Fonte de recursos
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa para a corretora responsável pela custódia dos títulos.
Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto. A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.