Um dos grandes mantras da indústria é que a tecnologia muda rápido. Mas a verdade é que poucas coisas são capazes de mostrar essa evolução quanto o nosso computador. Para comprovar essa tese, basta pensar em como eram os PCs há 20 anos, indo dos disquetes às memórias e placas feitas quase que sob medida para cada tipo de usuário.
Não por acaso, estamos falando de um mercado pulsante e sempre em constante transformação. Segundo pesquisas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil possui hoje mais de 200 milhões de máquinas – considerando desktops, notebooks e tablets – espalhados por aí, com equipamentos que servem para tudo: das atividades profissionais mais específicas, ao lazer, os computadores são indispensáveis para o dia a dia dos brasileiros – e do mundo.
E a tendência é de que a presença desses dispositivos continue a ganhar cada vez mais importância em nossas vidas. De acordo com estudos do Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, quase 340 milhões de computadores foram vendidos em 2021, número que representa um aumento de praticamente 10% em relação ao ano anterior. A alta vem na esteira de novas demandas, como o trabalho remoto e o ensino a distância, dois exemplos de como a computação tem permitido que mais pessoas possam ter acesso à era digital de forma mais ágil, móvel e eficiente.
Nesse cenário, nos acostumamos a ver equipamentos cada vez mais potentes e equipados, adequando-se as diversas necessidades do usuário. “Até mesmo os computadores mais simples, contam com recursos que há 20 anos pareciam impensáveis para termos em escala, indo desde a edição avançada de documentos até a reprodução de filmes e séries em streaming”, observa o sócio-diretor da Daten, Christian Dunce, empresa 100% brasileira e especializada na produção de equipamentos de informática.
A jornada de inovação é notória, sobretudo desde a virada do milênio. Afinal de contas, ainda que a estrutura continue a ser a mesma, com os mesmos elementos de hardware (teclado, mouse, monitor) e software, a verdade é que os equipamentos atuais deixam claro o grande salto tecnológico das últimas décadas. A mudança é tanta que, hoje, uma máquina do início dos anos 2000 é considerado um elemento histórico – há uma geração, por exemplo, que nem sabe direito o que foi um disquete.
Para os usuários, a transformação digital e a inovação aplicada aos PCs é enorme, inclusive permitindo que conceitos como mobilidade e conectividade se tornem temas de outras revoluções nos mais diversos campos da vida atual. Além disso, porém, é fato que o avanço dos computadores também oferece benefícios para o mercado.
O trabalho híbrido, por meio de videoconferências, tem ajudado que pessoas possam estar em qualquer país do mundo e, ainda assim, ser mais produtivas para os negócios. No cenário das ciências, por sua vez, a computação vem ajudando a agilizar o desenvolvimento exponencial nas iniciativas dos mais diversos campos. Do mesmo modo, o entretenimento também foi redefinido com esses avanços – transmissões de eventos on-line, jogos em 3D e streaming e simulações são apenas algumas das novas opções à disposição da indústria.
“Os computadores populares entre 2000 e 2010 contavam com entradas para CDs, DVDs, e até disquetes. Itens que hoje estão cada vez mais obsoletos. O pen-drive, era outro item que despontava como uma das principais ferramentas tecnológicas para armazenamento e apresentação de conteúdo”, lembra Dunce. “Com o aumento da capacidade de armazenamento interno e com a expansão da Computação em Nuvens, que armazenam os arquivos sem utilizar a memória dos computadores, conseguimos ganhar escala e um enorme horizonte a ser desbravado. Mas há um ponto que não mudou: a indústria continua precisando entender de pessoas para oferecer recursos que façam sentido às necessidades e exigências dos usuários”, reforça.
Da evolução do mouse até ao wi-fi, todas os pequenos avanços de usabilidade e performance tem esse mesmo objetivo. “Todo o trabalho de melhorar a vida das pessoas é que nos trouxe até o atual momento que vivemos, com uma oferta de computadores para os mais diversos públicos e objetivos.”