quinta-feira, abril 24, 2025
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BNDES destina R$ 196 bilhões para fortalecer nova política industrial no Brasil

O Brasil registrou um salto significativo no ranking mundial da indústria de transformação, avançando da 45ª para a 25ª posição em 2024. A informação foi divulgada na terça-feira (08), pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), com base em dados da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicada ao desenvolvimento industrial.

Esse crescimento é atribuído à nova estratégia de reindustrialização promovida pelo governo federal, especialmente por meio do programa Nova Indústria Brasil (NIB). A iniciativa é liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e conta com forte apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal financiador das ações do programa.

Nos últimos dois anos, o BNDES aprovou R$ 196 bilhões em crédito para a NIB, totalizando 145,5 mil operações. Esse montante representa mais de 70% do orçamento previsto até o final da atual gestão.

Em 2024, pela primeira vez desde 2017, o volume de crédito concedido pelo BNDES à indústria superou os recursos destinados ao agronegócio. O banco também registrou um número recorde de operações com micro, pequenas e médias empresas, incluindo financiamentos voltados ao setor industrial.

Dentre os setores beneficiados, a indústria farmacêutica obteve o maior volume de aprovações da série histórica. O segmento automotivo recebeu o maior valor desde 2017. O crédito voltado para exportações alcançou o patamar mais alto desde 2014, enquanto o setor de biocombustíveis teve o segundo maior volume de recursos já liberado pelo banco.

Esse reforço nos financiamentos foi viabilizado com o uso de instrumentos como o Fundo Clima e a taxa referencial (TR) em projetos de inovação. Além disso, em 2024, o BNDES passou a captar recursos através de um novo mecanismo, as Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCD), que somaram R$ 9,8 bilhões e são direcionadas exclusivamente ao financiamento industrial.

Os avanços ocorrem em um momento em que o Brasil busca recuperar protagonismo no setor industrial global. O governo espera que o fortalecimento dessas políticas amplie a competitividade da economia brasileira no cenário internacional.

Além das medidas econômicas e financeiras, a política externa também tem contribuído para essa estratégia, por meio da abertura de novos mercados e da retomada de parcerias. A presença do Brasil em fóruns internacionais como G20, COP30 e BRICS, assim como em agendas com países asiáticos como Japão e Vietnã, faz parte desse esforço integrado de reindustrialização.

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