terça-feira, março 19, 2024
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Inteligência Artificial é a nova revolução industrial

Por Rafael Franco*

A Revolução Industrial começou no início do século XIX, por volta de 1760, na Inglaterra. Durante este período, as máquinas a vapor substituíram os métodos de produção artesanal, levando a uma grande expansão da produção industrial. Além disso, foram criados processos de produção e fabricação, bem como novas tecnologias para aprimorar a produção e aumentar a eficiência.

Nesse momento, a tecnologia foi responsável por um salto de produtividade na produção de bens de consumo, que eram basicamente o que movia a economia.

Porém, hoje vivemos na era da informação que começou em meados dos anos 1960, com o desenvolvimento dos computadores pessoais. Desde então, a tecnologia tem evoluído exponencialmente, tornando a informação cada vez mais acessível.

Hoje, grande parte da humanidade não dedica mais o seu tempo a produzir carros ou eletrodomésticos, que passaram a ser praticamente todos feitos por robôs na evolução do que começou com a revolução industrial.

Atualmente, boa parte da humanidade investe seu tempo na criação de artigos digitais como, por exemplo, programadores e todas as profissões relacionadas, que se dedicam a criar sites, sistemas e aplicativos; jornalistas que passam o dia a escrever textos e reportagens; criadores de conteúdo que produzem imagens, textos e vídeos; profissionais de marketing digital que desenvolvem campanhas e peças.

Eu poderia listar centenas de profissionais que objetivamente passam mais de 80% do seu tempo de trabalho sentados em frente a um computador, e é para essa massa de pessoas que a Inteligência Artificial representa a nova revolução industrial.

Não porque ela vá inicialmente substituir esses profissionais, mas sim tornar o trabalho mais produtivo permitindo que o mesmo conteúdo seja criado em casos mais emblemáticos em apenas 20% do tempo, e isso vai permitir que esse profissional produza mais, ou dedique menos tempo ao trabalho, uma vez que, junto a essa realidade, há um trabalho com horários e formas de contratação mais flexíveis.

Veja um exemplo: um profissional de jornalismo que precise fazer hoje uma matéria falando sobre as maiores vencedoras do Carnaval Carioca, poderia recorrer a Wikipédia para buscar em uma tabela as campeãs e totalizar isso manualmente, gastando alguns minutos ou poderia perguntar a Inteligência Artificial: “Liste para mim as maiores campeãs do carnaval carioca” e receber o resultado prontamente.

Em outro caso, um programador poderia passar cerca de duas horas montado o código de uma página de cadastro ou poderia pedir para a Inteligência Artificial: “Monte para mim um formulário de cadastro com os campos: nome, e-mail, celular, CPF e endereço” e receber um código pronto para fazer apenas ajustes em 1 ou 2 minutos.

São exemplos básicos, mas que ilustram o novo mundo que se abre para os trabalhadores da era digital que devem, na minha visão, enxergar a inteligência artificial como uma aliada para executar o trabalho de maneira mais produtiva.

Você pode se perguntar por que eu não citei o nome de nenhuma ferramenta diretamente, e o motivo é simples: além das que existem hoje, nos próximos dois anos surgirão centenas ou milhares de outras mais para objetivos específicos, e o profissional precisa entender qual é a que mais vai ajudá-lo no seu dia a dia.


*Rafael Franco atua no mercado de tecnologia há 20 anos, a paixão o levou a se aprofundar nesta área e por isso se graduou em Ciência da Computação com pós em Engenharia de Software. Também foi executivo de multinacionais liderando projetos premiados por grandes empresas. Em 2015 fundou a Alphacode, empresa presente em São Paulo, Curitiba (PR) e Orlando (FL-EUA) em que atualmente é CEO. Lidera um time de especialistas em experiências digitais com grande destaque para projetos de aplicativos mobile, sendo responsável por projetos de grande porte neste segmento como Grupos Habib’s, Madero e TV Band. Comanda o time responsável por dezenas de aplicativos que atendem mais de 20 milhões de pessoas todos os meses, principalmente nos segmentos de Delivery, Saúde e Fintechs.

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