A Renova Energia finalizou nesta segunda-feira (20), a assinatura dos instrumentos de venda de sua participação no Complexo Hidrelétrico Serra da Prata (ESPRA), ativo que reúne três PCHs (hidrelétricas de pequeno porte) localizadas no estado da Bahia, com capacidade de geração de 41,8 MW´s, dando sequência ao processo de reestruturação da companhia.
Com a transação, a Renova alienou 100% das ações que o grupo detinha no complexo, em uma operação de R$ 265 milhões. O ativo foi comprado pelo fundo Vinci Partners. Os recursos obtidos na transação serão destinados a quitação de dívida junto ao banco BTG, a quitação de dívidas sujeitas à Recuperação Judicial e reforço do capital de giro da Renova.
Na terça-feira, 14, a Renova já havia formalizado a assinatura dos contratos para a venda de 51% da Brasil PCH, unidade de negócios do grupo que reúne 13 usinas de pequeno porte, localizadas em Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com capacidade de geração de 291 MW´s.
A venda foi realizada para a BSB Energética e Eletroriver, acionistas minoritários da Brasil PCH, que exerceram o direito de preferência previsto no Acordo de Acionistas da Brasil PCH, em transação de R$ 1,1 bilhão.
Com as duas operações, a Renova passa a concentrar a sua atuação no desenvolvimento, implantação e geração de energia elétrica de fontes eólica e solar. A alienação dos ativos reduz em cerca de R$ 1 bilhão a dívida da companhia.
A venda dos ativos hidrelétricos faz parte da estratégia da empresa para redução de seu passivo e para o funding da conclusão do complexo eólico de Alto Sertão III, principal projeto da companhia. O parque inclui 155 torres de geração de energia eólica (aerogeradores), distribuídas em 26 projetos, em 6 municípios da Bahia (Caetité, Igaporã, Pindaí, Licínio de Almeida, Riacho de Santana e Guanambi). Quando estiver em pleno funcionamento, em 2022, o projeto terá capacidade de gerar 432,7 MW´s, energia suficiente para abastecer entre 900 mil e 1 milhão de residências, de acordo com o padrão Aneel.