A implementação do 5G, cujo leilão, o maior de sua história, foi aprovado pelo Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), é uma oportunidade de o Brasil receber investimentos volumosos, gerar empregos e melhorar os serviços de telecomunicação. Avaliação é de Vivien Mello Suruagy, presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra).
“A tecnologia pode gerar US$1,2 trilhão em negócios no País, o equivalente a cerca de R$6,3 trilhões, e gerar investimentos diretos de mais de 165 bilhões na infraestrutura de redes. Estamos muito felizes com a aprovação do edital. O texto é equilibrado, incentiva a participação dos diversos players, garante isonomia de direitos e viabiliza a rápida implantação do 5G”, enfatiza Vivien, acrescentando: “Agora, abre-se um universo de novos negócios. Nossas empresas já se preparam, inclusive com qualificação de mão de obra, para este novo mundo digital”.
O leilão do 5G, com valor calculado em torno de R$57 bilhões, terá como foco duas frentes principais: criação de infraestrutura de 5G, e ampliação das atuais redes de fibra e 4G. Sua realização do leilão é essencial para conectar 40 milhões de pessoas que ainda vivem sem qualquer opção de acesso à internet. Uma das características do certame é seu caráter não arrecadatório, ou seja, o valor arrecadado será investido na ampliação da infraestrutura de telecomunicações no Brasil.
Um benefício relevante do 5G é ampliação de até 100 vezes na velocidade, com o tráfego de uma quantidade imensa de informações. Isso significa serviços que dispensarão o deslocamento das pessoas e, portanto, consumirão menos recursos naturais. Ademais, os novos equipamentos são programados para funcionar apenas quando existir demanda, evitando desperdício energético nas antenas e smartphones. “Tecnologias mais avançadas tendem a ser mais sustentáveis. O 5G, sem dúvidas, representa um progresso importante”, diz a presidente da Feninfra.
“O Brasil terá inserção mais competitiva na economia global, alinhando-se ao grau de tecnologia das nações mais avançadas”, ressalta Vivien, enfatizando a importância da nova rede para o fomento da indústria, serviços e agronegócio. Neste, representará um avanço sem precedentes para a comunicação das comunidades agropecuárias, cujas atividades têm sido essenciais para a economia nacional.