Por Joana Lopo
A Vivo, por meio da sua controladora Telefônica Brasil, vai expandir a cobertura de fibra ótica dos atuais 16,3 milhões de casas com tecnologia FTTH para 24 milhões, ao final de 2024. O investimento total será feito pela Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ), que aplicará o valor de R$ 1,8 bilhão na estratégia de crescimento (incluindo pagamentos para a Vivo e contribuições para a FiBrasil), em troca de 50% de participação na FiBrasil.
Com isso, a Vivo dá início ao processo de expansão no mercado de fibra e potencializa o cross selling de serviços a seus clientes, maximizando o retorno sobre o capital investido e consolidando-se como operadora líder convergente no país.
O acordo
A Telefônica Brasil celebrou acordos com a Caisse de dépôtet placement du Québec, um grupo global de investimentos, a Telefónica Infra, sociedade sediada na Espanha, 100% controlada pela Telefónica S.A., o mesmo acionista controlador da Vivo, para a construção, desenvolvimento e exploração de rede de fibra ótica neutra e independente de atacado no mercado brasileiro por meio da FiBrasil Infraestrutura e Fibra Ótica S.A.
Líder no mercado de atacado de fibra no Brasil, a novata FiBrasil, que tem a Vivo como cliente âncora, começa sua operação com, aproximadamente, 1,6 milhão de casas passadas em FTTH, e seu plano de negócios visa atingir cerca de 5,5 milhões de lares em quatro anos, com foco em cidades médias fora do Estado de São Paulo.
A Telefónica Infra adquire, em condições econômicas equivalentes, uma parcela de 25% na nova companhia, mesmo percentual detido pela Vivo após o fechamento da transação. Isso resultará em um impacto positivo antes de impostos no fluxo de caixa da Vivo, ao fechamento da operação, de R$225 milhões, além de um montante adicional de R$1,5 bilhão, em termos nominais, a serem recebidos nos próximos anos, parcialmente condicionados ao cumprimento de metas previamente acordadas entre as partes.
O grupo CDPQ realizará aportes na FiBrasil de cerca de R$750 milhões, sendo R$205 milhões no fechamento da transação. Estes aportes, somados ao potencial endividamento a ser levantado pela FiBrasil, financiarão integralmente o plano de negócios da nova empresa.