quinta-feira, março 28, 2024
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Cenário negativo: 68% dos brasileiros não acreditam em retomada da economia este ano

A percepção dos brasileiros ainda é negativa sobre cenário econômico do país. Pesquisa divulgada hoje (14), pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) indica que 68% não acreditam que a economia do país será retomada ainda em 2021, mais da metade da população, ou seja, 52% acha que o desemprego vai aumentar, 73% apostam no crescimento da inflação/custo de vida e 72% em alta da taxa de juros.

Essa é a segunda edição do Radar Febraban e foi realizada no período de 18 a 25 de junho, com 3 mil entrevistados em todas as cinco regiões do País. Foram avaliadas a evolução da expectativa dos brasileiros, com recorte regional, sobre situação da economia e consumo, bancos, meios de informação, segurança e compartilhamento de dados.

Embora a percepção das pessoas tenha melhorado em relação ao mês de março, quando a vacinação ainda estava muito lenta e o país vivia os efeitos mais danosos da segunda onda da covid-19 (desemprego 70%, inflação 80%, elevação de juros 76%), o cenário econômico e a alta do desemprego ainda aflige a população.

De acordo com o presidente da Febraban, Isaac Sidney o momento é de pensar nas reformas para que a economia volte a crescer. “Esse cenário mostra que ainda precisamos perseverar nas reformas estruturais e na melhoria do ambiente econômico no país”.

Acesso ao crédito e consumo

A pesquisa indica aumento de 36% em relação ao acesso das pessoas e empresas a créditos no mercado financeiro, entretanto, para 48% dos entrevistados, o poder de compra das pessoas deve diminuir.

Sobre a intenção de aplicar recursos extras em poupança, 32% respondeu que investirá se houver melhora na situação financeira, da mesma forma que outro tipo de investimento bancário (34%). Mesmo com a pandemia ainda em curso, 29% dos entrevistados disseram que gastariam com viagens, 27% disse ser melhor investir em imóveis e 26% das pessoas priorizariam a educação própria e dos familiares.

No que se refere a reforma de casa e comprar carro foram mencionadas, respectivamente, por 24% e 19% dos entrevistados. Menos de um quinto cita a compra de eletrodoméstico e eletrônico (15%) e a contratação ou melhoria do plano de saúde (12%); a expectativa por investimento em seguros (carro, casa ou vida) é de 9% e em compra de moto é de 5%.

Em comparação à pesquisa anterior houve avanço das expectativas em relação à maioria dos tipos de investimentos, exceto os relacionados ao plano de saúde (caiu de 17% para 12%). As principais variações no ranking de expectativas sobre investimentos se deram em relação a outros investimentos bancários diferentes da poupança (aumento de 7 pontos) e compra de carro (aumento de 8 pontos).

Bancos e empresas

A avaliação sobre as contribuições das instituições financeiras para o país e a população melhorou e mais da metade dos entrevistados acham que os bancos contribuem positivamente para o desenvolvimento da economia brasileira (53%) – em março eram 51% – e para ajudar o país, a população e seus clientes a enfrentarem a crise da Covid-19 (52%) – antes eram 45%.

O número de pessoas que avaliam a contribuição positiva dos bancos em relação à melhoria na qualidade de vida dos brasileiros, que antes era de 42% foi para 45%. Sobre a contribuição positiva na geração de empregos, que antes era de 40% foi para 43%.

Em relação às empresas, 46% dos entrevistados relacionam a imagem de uma instituição à prática adotada em relação ao cuidado com o meio ambiente, enquanto 40% relacionam à atenção dada a questões sociais.

Open Banking e compartilhamento de dados

Open Banking é desconhecido para 57% dos entrevistados, enquanto 41% dos entrevistados já ouviram falar. Depois de serem informados de que se trata de “um sistema em que a pessoa autoriza o compartilhamento dos seus dados e seu histórico financeiro entre bancos que desejar, de forma que o setor bancário possa conhecer o perfil do cliente e oferecer-lhes novos produtos e serviços mais personalizados” – 45% expressam opinião positiva sobre o produto, 20% consideram negativo e 28% disseram que não é nem positivo nem negativo.

O potencial de adesão ao Open Banking é de 16% (pessoas que “com certeza” irão aderir) e mais 46% que “podem ou não” aderir; ao passo que 30% disseram “com certeza” não irão aderir.

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