sexta-feira, julho 26, 2024
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Camil compra ativos de arroz da equatoriana Dajahu por US$36,5 milhões

Por Joana Lopo

Por meio da controlada Camilatam Ecuador S.A.S, a Camil Alimentos S.A celebrou acordo de compra do negócio de arroz da agroindústria Dajahu e da totalidade das ações de emissão da companhia Transportes Ronaljavhu por US$ 36,5 milhões (cerca de R$ 189 milhões). O negócio está previsto para ser concluído em setembro próximo.

Como a operação não atende aos requisitos dispostos no artigo 256, da Lei das Sociedades por Ações, não está sujeita à aprovação dos acionistas em Assembleia Geral da Camil. Com isso, a companhia e a IFC celebraram uma carta-mandato para o financiamento de 100% da aquisição. Entretanto, a concessão do empréstimo está sujeita à realização de diligências e a negociação dos contratos definitivos.

Em fato relevante, a empresa afirma que “a conclusão da operação está sujeita as condições usuais a este tipo de operação. Durante o período compreendido entre assinatura e fechamento (para o adimplemento das condições precedentes estabelecidas a cada parte no cxontrato), as companhias continuarão operando de forma independente”.

Com a compra desses ativos, no Equador, a Camil dá um grande passo no processo de expansão na América Latina em novas geografias, e figura como um dos líderes em marca de arroz, com marketshare significativo e elevado potencial de crescimento. Seu histórico, já consistente em crescimento e ampliação de participação de mercado por meio de aquisições está alinhado aos objetivos estratégicos da Companhia de aquisições de marcas e ativos no setor de alimentos na América Latina, como diz o documento.

Camil

As atividades da empresa começaram em 1963, em um armazém na Cidade de Itaqui, no Estado do Rio Grande do Sul. Onze anos depois, em 1974, começaram a distribuir arroz em embalagens plásticas de 5 kg. No ano seguinte, expandiu suas operações ao inaugurar o primeiro centro de armazenamento, distribuição e atendimento ao cliente, na cidade de São Paulo.

Ampliou as operações ao implantar, em 1985, um moinho de arroz, também na cidade de São Paulo. Em 1987, expandiu os negócios ao iniciar a comercialização também de feijão da própria marca.

Atua no mercado de alimentos e seus produtos são variados, como o arroz, feijão, biscoito, grãos e proteína de soja. Possui 27 plantas, sendo 12 no Brasil, nove no Uruguai, três no Chile, duas no Peru e uma na Argentina.

Emprega mais de 4.415 colaboradores no Brasil e milhares de outros ao redor do mundo. Está presente em mais de 50 países por meio da exportação. Realizou abertura de capital na B3 em setembro de 2017, no Novo Mercado, o mais alto nível de governança corporativa. Ela está listada com ações ordinárias (CAML3) e também está no mercado fracionado (CAML3F). Seu valor de mercado é R$ 3,70 bilhões e o papel está em R$ 9,21.

A última compra da Camil, antes da aquisição no Equador, foi da unidade de ração animal do grupo chileno Empresas Iansa, em uma operação que custou cerca de R$ 200 milhões na sua entrada no segmento de pet food.

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