O Brasil é o país que mais perdeu milionários em 2020, com uma queda de 22% em comparação com ano anterior. No total, houve uma diminuição de mais de 81.000 milionários no país. É o que revela um estudo divulgado portal CupomValido.com.br que reuniu dados da OCDE e Credit Suisse sobre a distribuição de riqueza.
O México foi o segundo país que mais perdeu milionários, com uma perda de 17.000. Seguido pela África do Sul e Chile respectivamente. Na ponta oposta, os Estados Unidos foi o país que teve um maior aumento no número de milionários, com aumento de mais de 2 milhões de integrantes.
A desvalorização do real perante ao dólar é o principal fator que explica a diminuição de milionários no Brasil. Dentre as 33 moedas mais negociadas do mundo, o real foi uma das 8 moedas que tiveram a maior desvalorização no ano de 2020.
No ano, o real chegou a desvalorizar quase 40% perante ao dólar. Uma queda maior que as moedas de países que estão crises severas, como o peso (da Argentina), e a lira turca (da Turquia). A desvalorização do real perante ao dólar, impactou significativamente no número de brasileiros considerados milionários (definição para adultos com patrimônio acima de U$1 milhão).
O número total de milionários no Brasil passou de 375.000 para 294.000, uma queda de aproximadamente 22%.
Distribuição da riqueza no Brasil
Mais de 70% da população brasileira tem um patrimônio menor que R$50.000. Na faixa acima, 27% possuem um patrimônio entre R$50.000 e R$500.000. E por fim, 3% possuem valores acima de R$500.000. Ao compararmos com a média mundial, 58% da polução possui patrimônio menor que R$50.000. 32% possuem um patrimônio entre R$50.000 e R$500.000. E 10% possuem valores acima de R$500.000.
Isso demostra que no Brasil, existe uma grande desigualdade. O Coeficiente de Gini (índice utilizado para medir a desigualdade de renda) do Brasil é de 85%. O valor máximo do índice é de 100%.
Os 1% mais ricos
No Brasil, a parcela dos 1% mais ricos detém 47% de toda a riqueza do país. No mundo, a média é de 43%. A Rússia é o país com a maior concentração, os 1% mais ricos detém 57% de toda riqueza (em 2016 o valor chegou a ser até maior, 64% do total). Dentre todos os países, o Japão é onde há a menor concentração. Os 1% mais ricos detém 18% da riqueza.