sexta-feira, abril 19, 2024
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PetroRecôncavo fixa ações a R$14,75 e espera levantar R$1,032 bilhão

Por Geraldo Bastos

A PetroRecôncavo – empresa operadora independente de petróleo e gás e uma das líderes do setor no Brasil –  definiu nesta segunda-feira (3/5), durante reunião do conselho de administração,  o preço das ações em sua estreia na bolsa de valores nesta quarta-feira: R$ 14,75.  A companhia oferecerá 70 milhões de ações ordinárias no pregão da B3, sob o símbolo “RECV3”. Com isso,  deve levantar pouco mais de R$ 1,032 bilhão  em sua oferta inicial de ações (IPO).

Segundo a PetroRecôncavo, os recursos serão utilizados no “pagamento das aquisições de ativos da Petrobras, em futuras aquisições   e no aumento da posição de caixa”. O IPO tem como coordenador líder o Itaú BBA e como agente estabilizador o Morgan Stanley. Os demais coordenadores da oferta serão: Goldman Sachs do Brasil e Banco Safra.

A PetroRecôncavo encerrou o ano passado com uma receita líquida de R$787,84 milhões, numa alta de quase 300% em relação a um ano antes (R$339,92 milhões). A companhia, no entanto, registrou prejuízo de R$81,76 milhões. Em 2019, o lucro líquido foi de R$63,68 milhões. A dívida líquida é da ordem de R$728,17 milhões.

Operações

Com sede em Salvador, a PetroRecôncavo é especializada na operação, desenvolvimento e revitalização de campos maduros em bacias terrestres de óleo e gás (onshore). Foi uma das primeiras empresas privadas focadas no onshore a operar no Brasil após a quebra do monopólio estatal e promulgação da Lei do Petróleo em 1997 e pioneira em adquirir campos de petróleo onshore oriundos do recente programa de desinvestimentos da Petrobras com a aquisição do Polo de Riacho da Forquilha concluída em dezembro de 2019. As atividades da empresa estão concentradas no Distrito Recôncavo, na Bahia, e no Distrito Potiguar, no Rio Grande do Norte.

As operações no Recôncavo foram iniciadas há 21 anos, por meio de um contrato de produção com cláusula de riscos assinado com a Petrobras. Nos anos seguintes, a empresa adiquiriu outras cinco concessões, operadas pela subsidiária Recôncavo E&P. Em duas décadas, produziu mais de três vezes o volume de reservas que foram inicialmente certificados e ainda existem mais de 23 milhões de barris de óleo equivalente em reservas brutas provadas.

Em fevereiro deste ano, a empresa comprou por US$220,1 milhões junto à Petrobras nove campos terrestres de exploração e produção, denominados Polo Miranga, na Bahia. O polo compreende os campos terrestres de Miranga, Fazenda Onça, Riacho São Pedro, Jacuípe, Rio Pipiri, Biriba, Miranga Norte, Apraiús e Sussuarana. A produção média, em 2020,  foi de aproximadamente 899 barris de óleo por dia (bpd) e 376,8 mil m³/dia de gás natural.

Potiguar

Já o Distrito Potiguar teve suas operações iniciadas em 2019, quando foi concluída a primeira transação decorrente do Projeto Topázio, programa de desinvestimento em ativos em terra iniciado pela Petrobras em 2016. O polo, que possui 34 concessões, das quais 30 são operadas pela Potiguar E&P, nossa subsidiária, está a cerca de 50 km ao sul da cidade de Mossoró e compreende uma considerável proporção da Bacia Potiguar.

O desenvolvimento desses campos foi iniciado pela Petrobras em 1984 e a produção conjunta dos mesmos já superou 17.000 barris/dia de óleo e 900.000 metros cúbicos/dia de gás natural, produzidos por meio dos mais de 700 poços existentes nas concessões.

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