O Nubank anunciou que iniciará o processo para obter uma licença bancária no Brasil, após a publicação de uma nova resolução do Banco Central (BC) e do Conselho Monetário Nacional (CMN) que restringe o uso de termos associados à atividade bancária por instituições que não possuam autorização específica. A medida atinge diretamente a marca do grupo, que só poderá continuar utilizando o termo “bank” mediante o enquadramento formal como banco.
Segundo comunicado da empresa, a mudança não altera a rotina dos clientes: produtos, serviços, identidade visual e operações permanecem inalterados. O Nubank reforçou que já cumpre requisitos regulatórios rigorosos e que a incorporação de uma instituição bancária ao conglomerado não modificará parâmetros prudenciais, como capital ou liquidez.
A fintech — que ultrapassou 110 milhões de clientes no país — afirma que a decisão é estratégica, evitando um processo de rebranding custoso e consolidando sua posição no mercado financeiro. Com a licença, o grupo ganha mais flexibilidade para operar produtos típicos de bancos tradicionais, ampliando seu portfólio e competitividade.
A resolução do BC estabelece prazo de 120 dias para apresentação de um plano de adequação e até um ano para a implementação completa das mudanças. Para analistas, o movimento do Nubank é uma resposta natural às novas regras e sinaliza maturidade em um setor cada vez mais regulado e competitivo.
A CEO Livia Chanes destacou que a essência do Nubank permanece a mesma: “Nossa missão continua sendo a de simplificar a vida financeira das pessoas. Já ajudamos a incluir 28 milhões de brasileiros no sistema financeiro, e essa evolução regulatória fortalece nossa atuação”.
Com a autorização bancária, o Nubank deve reforçar sua presença como uma das maiores instituições financeiras do país, ampliando margens operacionais e aprimorando sua governança regulatória.
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