O Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires (Malba) anunciou a aquisição da Coleção Daros Latinamerica, um dos mais importantes conjuntos privados de arte latino-americana moderna e contemporânea. Com a operação, o museu praticamente dobra seu acervo, que passa a reunir cerca de 2,6 mil obras, e amplia de forma significativa a presença de artistas brasileiros em sua coleção permanente.
A Coleção Daros reúne 1.233 obras produzidas entre 1950 e 2010, assinadas por 117 artistas da América Latina, entre eles 19 brasileiros. Com a incorporação, passam a integrar o acervo do Malba trabalhos emblemáticos como Missão/Missões (Como construir catedrais), de Cildo Meireles, uma escultura da série Relevo Espacial, de Hélio Oiticica, e uma obra da série Planos em Superfície Modulada, de Lygia Clark.
A compra foi anunciada na segunda-feira (15) pelo empresário Eduardo Constantini, fundador e principal mantenedor do museu. Segundo ele, a aquisição consolida o Malba como uma das instituições mais relevantes do mundo dedicadas à arte latino-americana moderna e contemporânea.
Com a ampliação do acervo, Constantini também confirmou a expansão física do museu. As obras devem começar em 2026, ano em que o Malba completa 25 anos, com previsão de conclusão em 2029. A área total do edifício passará dos atuais cerca de 4 mil metros quadrados para 8,3 mil metros quadrados, permitindo novas salas expositivas e maior rotatividade de exposições.
A presença brasileira, já marcante no Malba por abrigar o icônico Abaporu, de Tarsila do Amaral, ganha ainda mais peso com a nova coleção. O museu também reúne obras de Candido Portinari, Diego Rivera, Antonio Berni e Frida Kahlo, reforçando sua posição como parada obrigatória no circuito cultural de Buenos Aires.
Localizado no bairro de Palermo Chico, o Malba funciona diariamente das 12h às 20h, com exceção das terças-feiras. Os ingressos são vendidos com hora marcada.
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