A Braskem, maior petroquímica das Américas, entrou em uma nova fase de sua história societária. A gestora IG4 Capital assumiu o controle da companhia após adquirir cerca de R$ 20 bilhões em dívidas da Novonor (antiga Odebrecht) junto a grandes bancos credores, operação que tinha ações da empresa como garantia.
Com a manobra financeira, a IG4 passou a deter 50,1% do capital votante da Braskem, consolidando o controle acionário. A Novonor, por sua vez, ficou com aproximadamente 4% de participação, sem poder de decisão na gestão da companhia.
O desfecho encerra um longo período de indefinições sobre o comando da empresa, que vinha enfrentando impasses societários e dificuldades estratégicas nos últimos anos. Desde 2017, a Braskem acumulou uma perda estimada de US$ 11 bilhões em valor de mercado, reflexo de crises internas, disputas entre acionistas e desafios operacionais.
Apesar do cenário adverso, a companhia registrou faturamento de R$ 13 bilhões no último ano. A entrada da IG4 Capital sinaliza um movimento de reestruturação profunda, com foco na reorganização financeira, fortalecimento da governança corporativa e recuperação da eficiência operacional.
A expectativa do mercado é que a nova controladora promova ajustes no balanço, revisão de ativos e uma estratégia de longo prazo capaz de devolver competitividade à petroquímica em um ambiente global cada vez mais pressionado por transição energética, sustentabilidade e margens apertadas.
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