terça-feira, dezembro 23, 2025
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Idec processa Gol por suposto greenwashing em programa de compensação de carbono

A Gol tornou-se alvo de uma ação civil pública movida pelo Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), sob a acusação de prática de greenwashing no programa Meu Voo Compensa, voltado à neutralização de emissões de carbono. O órgão pede indenização de R$ 5 milhões por danos morais coletivos.

Segundo o Idec, a companhia aérea comercializou aos passageiros tokens de carbono sem validade ambiental reconhecida, apresentando-os como mecanismo eficaz de compensação climática. A ação afirma que os ativos digitais utilizados teriam sido emitidos pela empresa Moss, embora a certificadora internacional Verra já tivesse alertado, desde 2021, que esses tokens não poderiam ser classificados como créditos reais de carbono.

Créditos de carbono representam a redução ou remoção de uma tonelada de gases de efeito estufa da atmosfera e são utilizados por empresas e países para cumprir metas ambientais. Em 2022, a Verra proibiu expressamente a criação de tokens baseados em créditos desativados, ressaltando que tais ativos não geram benefício climático. Ainda assim, de acordo com o Idec, o programa da Gol permaneceu ativo até o início de 2025.

A entidade sustenta que a empresa prometia aos consumidores a “neutralização” das emissões dos voos sem apresentar comprovação técnica, rastreabilidade ou certificações válidas, o que caracterizaria publicidade enganosa e prática de greenwashing.

Procurada, a Gol afirmou, em nota, que nega qualquer violação às práticas legais de desenvolvimento sustentável e que prestará os esclarecimentos necessários no âmbito judicial.

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