Em um movimento que sinaliza mudanças profundas na cultura de trabalho do setor de hospitalidade, hotéis de luxo como Copacabana Palace, Blue Tree e Palácio Tangará estão abandonando a tradicional escala 6×1 e passando a adotar o modelo 5×2, com dois dias consecutivos de folga para seus colaboradores.
No Palácio Tangará, a decisão surgiu após consulta interna: 89% dos funcionários manifestaram preferência pelo novo formato. A mudança terá um impacto financeiro de R$ 2 milhões por ano, mas é vista como um investimento estratégico, não apenas um benefício trabalhista.
Segundo especialistas, o conceito de “bem-estar corporativo” deixou de ser diferencial e passou a atuar como infraestrutura operacional, com impacto direto sobre a qualidade do serviço. A lógica é simples: profissionais descansados oferecem uma experiência superior — algo crucial em serviços de alto contato na hotelaria de alto padrão.
A mudança também dialoga com transformações geracionais. A Geração Z, já majoritária entre novos ingressantes no setor, rejeita jornadas exaustivas e pressiona por modelos de trabalho mais saudáveis. Globalmente, o movimento acompanha o avanço da Wellness Economy, hoje o mercado que mais cresce no mundo. Segundo estudo da McKinsey, 84% dos consumidores afirmam priorizar bem-estar, e jovens adultos são os que mais investem nessa categoria.
Para marcas que vendem luxo, pausa e excelência, garantir boas condições internas tornou-se parte do produto final. Assim, tempo — para descansar, aprender e performar melhor — passa a ser o novo diferencial competitivo na hotelaria contemporânea.
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