Ogoverno federal confirmou nesta quarta-feira (10) que o salário-mínimo de 2026 será de R$ 1.621, um aumento de R$ 103 em relação ao piso vigente. O reajuste segue a política de valorização adotada desde 2023, que combina a reposição total da inflação e o ganho real atrelado ao crescimento do PIB de dois anos anteriores.
O novo valor foi definido após a divulgação do INPC acumulado em 12 meses até novembro de 2025, que registrou alta de 4,18%. A esse índice soma-se até 2,5% de crescimento econômico, conforme regras do novo arcabouço fiscal. A soma resultou em um valor abaixo da previsão inicial da LDO, que estimava o mínimo em R$ 1.627.
O salário-mínimo de 2026 passa a valer em 1º de janeiro, com impacto direto no pagamento de fevereiro, ajustando automaticamente os benefícios previdenciários equivalentes ao piso — que hoje representam a maioria das aposentadorias pagas pelo INSS.
Para aposentadorias e pensões acima de um salário-mínimo, entretanto, o reajuste dependerá da inflação de 2025, ainda a ser fechada.
A nova projeção também deve alterar cálculos das despesas obrigatórias da União, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e parte dos gastos previdenciários. Um piso menor reduz o ritmo de crescimento dessas despesas, contribuindo para o cumprimento das metas fiscais previstas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias e pelo arcabouço.
O governo mantém a previsão de superávit primário para 2026 e a trajetória de estabilização da dívida pública. Já especialistas avaliam que a política de valorização reforça o poder de compra das famílias, mas pressiona o orçamento federal, exigindo atenção constante ao equilíbrio das contas.
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