O pagamento do décimo terceiro salário segue como um dos principais motores de curto prazo da economia brasileira. Até o dia 19 de dezembro, quando vence o prazo legal da segunda parcela, cerca de R$ 369,4 bilhões devem ser injetados no mercado, beneficiando aproximadamente 95,3 milhões de trabalhadores, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O volume reforça o consumo das famílias em um dos períodos mais importantes do calendário econômico, impulsionando vendas no comércio, serviços e setores ligados às festas de fim de ano. O impacto é sentido especialmente no varejo, que registra aumento no giro de estoques e maior fluxo de consumidores.
Para as empresas, porém, o décimo terceiro também representa um desafio financeiro. A segunda parcela concentra encargos como INSS, FGTS e Imposto de Renda, o que pressiona o caixa e exige maior planejamento. Em alguns casos, companhias recorrem a linhas de crédito de curto prazo para cumprir a obrigação.
Ainda assim, o efeito líquido tende a ser positivo para a atividade econômica. O décimo terceiro funciona como um choque temporário de liquidez, sustentando o consumo, fortalecendo campanhas promocionais e contribuindo para o aquecimento da economia no encerramento do ano.
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