O BTG Pactual deu mais um passo estratégico para ampliar sua presença no agronegócio brasileiro. O banco fechou uma parceria com a Ceres Investimentos e planeja a abertura de 12 escritórios rurais até 2026, distribuídos em polos estratégicos como Goiás, Bahia, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. A meta, nos bastidores, é ambiciosa: transformar o BTG na principal casa de investimentos do agro até 2030, com um portfólio estimado em R$ 7 bilhões.
A iniciativa prevê levar serviços financeiros completos diretamente ao campo. Os escritórios rurais vão oferecer soluções como crédito, câmbio, derivativos, trading de commodities e até gestão patrimonial (wealth management), aproximando o banco da rotina dos produtores e empresas do setor.
Na parceria, a Ceres entra com o conhecimento técnico e a experiência no relacionamento com o produtor rural, enquanto o BTG aporta capital, estrutura financeira e engenharia de produtos. O modelo busca atender desde médios produtores até grandes grupos do agronegócio, em um movimento de interiorização dos serviços financeiros de alta complexidade.
A aproximação entre as empresas começou após a estruturação de um CRA pulverizado de R$ 1 bilhão, que apresentou retorno de 9% e inadimplência inferior a 0,1%. O desempenho do produto consolidou a confiança entre as partes e abriu caminho para uma aliança de longo prazo.
A aposta do BTG reflete o peso crescente do agronegócio na economia brasileira. Com participação relevante no PIB e forte demanda por crédito e soluções financeiras sofisticadas, o setor tornou-se estratégico para bancos e casas de investimento. Para o BTG, chegar primeiro e com presença física no campo pode ser decisivo para ocupar o espaço de “banco do agro” no Brasil.
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