A Embrapa, em parceria com a Morfo Brasil, lançou uma pesquisa essencial focada em sementes florestais nativas para destravar e acelerar a restauração ecológica no Brasil. O estudo abrange espécies da Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado, visando cumprir o compromisso nacional de restaurar 12,5 milhões de hectares até 2030.
Qualidade de Sementes: O Fator Crítico
O principal obstáculo à restauração em larga escala será o alto custo e a incerteza dos resultados, ambos ligados à baixa qualidade e escassez de sementes nativas. A pesquisa busca definir e aprimorar protocolos de manejo, germinação e conservação, especialmente para sementes de difícil armazenamento.
Investir na tecnologia de sementes é crucial para a eficiência: a baixa qualidade pode exigir o uso de uma quantidade de sementes até cinco vezes maior por hectare. Melhorar a taxa de germinação torna os projetos de recuperação mais viáveis e previsíveis.
Inovação e Estratégias Futuras
O projeto enfatiza a necessidade de integrar ciência e inovação. A Inteligência Artificial (IA) é vista como uma ferramenta potencial para selecionar árvores-matrizes de melhor genética e otimizar a coleta em campo. Além disso, o fortalecimento das redes comunitárias de coletores é vital para impulsionar a oferta em larga escala e gerar renda.
Ao superar o gargalo tecnológico das sementes, a pesquisa da Embrapa contribui diretamente para a recuperação de áreas degradadas e para o fortalecimento da resiliência dos biomas brasileiros.
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