Pela primeira vez, uma empresa brasileira foi vencedora do Earthshot Prize, prêmio internacional criado pelo Príncipe William para reconhecer iniciativas capazes de promover soluções ambientais inovadoras em escala global. A re.green conquistou o título na categoria “Proteger e Restaurar a Natureza”, durante cerimônia realizada nesta quarta-feira (5/11), no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro — a primeira edição do prêmio na América Latina.
Fundada por pesquisadores e especialistas em restauração ecológica, a re.green utiliza inteligência artificial, imagens de satélite e análises de dados para conduzir projetos de reflorestamento em larga escala na Mata Atlântica e, mais recentemente, na Amazônia, que será sede da COP30 no próximo ano. A empresa recebeu £1 milhão (cerca de R$ 7 milhões) para ampliar suas ações.
A re.green competia com o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, idealizado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que também chegou à fase final.
Ao todo, 15 projetos finalistas concorreram em cinco categorias, com vencedores de diferentes regiões do mundo. Entre eles, outro latino-americano se destacou: o projeto “Cidade de Bogotá”, vencedor da categoria “Purificar o Ar”, que implementou políticas públicas para reduzir a poluição e transformar a mobilidade urbana da capital colombiana, beneficiando mais de 8 milhões de habitantes.
Na categoria “Revitalizar os Oceanos”, o prêmio foi para o Tratado de Alto Mar, dos Países Baixos, que fortalece a proteção da biodiversidade em águas internacionais. Já na categoria “Construir um Mundo Sem Resíduos”, o destaque foi o Lagos Fashion Week, da Nigéria, que propõe uma economia da moda baseada em sustentabilidade e preservação cultural.
Criado em 2020, o Earthshot Prize tem como objetivo incentivar projetos que contribuam para a preservação ambiental até 2030.
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