A gigante farmacêutica Eli Lilly alcançou um marco histórico nesta semana: tornou-se a primeira empresa do setor de saúde a atingir US$ 1 trilhão em valor de mercado, entrando em um grupo até então restrito às gigantes globais de tecnologia. A conquista reflete a transformação acelerada provocada pelo avanço dos medicamentos para obesidade, especialmente o Mounjaro, hoje um dos produtos mais demandados do mundo.
A companhia registrou alta de 35% nas ações somente em 2025, impulsionada pelo crescimento exponencial da categoria de fármacos voltados ao tratamento da obesidade e sobrepeso — um mercado que, segundo estimativas, deve atingir US$ 150 bilhões até 2030. O Mounjaro, desenvolvido originalmente para diabetes tipo 2, ganhou protagonismo internacional após demonstrar eficácia significativa na perda de peso, reorganizando a dinâmica da indústria farmacêutica.
O desempenho da Eli Lilly já supera o de medicamentos líderes em faturamento, como o Keytruda, da Merck (MSD no Brasil), historicamente um dos remédios mais vendidos do mundo. Com isso, a empresa, ao lado da dinamarquesa Novo Nordisk, consolida posição dominante em um mercado que rapidamente se tornou um dos mais lucrativos da saúde moderna.
O avanço da Lilly reforça uma mudança estrutural no setor: a saúde de alta complexidade e os tratamentos de impacto populacional entraram no mesmo patamar de valorização das Big Techs, abrindo caminho para que inovação biomédica, biotecnologia e inteligência farmacêutica ocupem espaços antes exclusivos da tecnologia digital.
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