O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgaram, na segunda-feira (13), o resultado da chamada B+P Smart Factory BNDES/2025: 91 projetos receberão R$ 45,3 milhões em recursos não reembolsáveis para desenvolvimento de tecnologias voltadas à indústria 4.0.
O estado do Ceará teve o maior número de projetos aprovados no país (46), seguido por Rio de Janeiro (8), Goiás (7), São Paulo (7) e Distrito Federal (6). As tecnologias desenvolvidas pelos vencedores serão aplicadas em 2.652 micro, pequenas e médias indústrias (MPMEs).
As chamadas para impulsionar as fábricas inteligentes (Smart Factory) oferecem apoio técnico e financiam até 70% do valor de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) relacionados a tecnologias digitais que melhorem a produtividade das MPMEs.
São soluções envolvendo sensores, aplicações móveis, robôs, simuladores, inteligência artificial, entre outras. Os projetos recebem apoio e são submetidos junto aos Institutos de Inovação e Tecnologia do SENAI, por meio da Plataforma Inovação para a Indústria.
“Essa chamada teve o maior número de projetos submetidos e aprovados na história do programa. Isso demonstra que o SENAI e os parceiros BNDES e Finep estão cada vez mais conectados aos ecossistemas de inovação, prospectando e articulando parcerias para projetos com maior assertividade”, comemora o diretor geral do SENAI, Gustavo Leal. Ele destaca que, com esse resultado, a Smart Factory ultrapassa a marca de R$ 110 milhões para desenvolver e validar soluções de transformação digital.
Para o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, “a iniciativa traz um grande alinhamento com a política industrial por meio da Nova indústria Brasil (NIB), do governo do presidente Lula, ampliando a transformação digital e a produtividade das empresas. Além disso, alia o potencial do SENAI com a sua rede de institutos tecnológicos e o apoio não reembolsável do BNDES, numa atuação que possibilita a alavancagem de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação e testes das soluções em um ecossistema de empresas de pequeno porte”.
Tecnologia testada em ambiente real de produção
O diferencial da chamada Smart Factory é que as empresas provedoras de tecnologia com os projetos e recursos aprovados devem validar a solução em ambiente real de produção. Isso garante que as tecnologias não fiquem restritas a laboratórios, mas sejam testadas em fábricas, com evidências na produtividade.
A ação faz parte do programa federal Brasil Mais Produtivo, dentro da modalidade de transformação digital. Até 2027, a estimativa é desenvolver mais de 360 projetos de inovação, impactando positivamente a produtividade de 8,4 mil MPMEs.
O Brasil Mais Produtivo é uma iniciativa do governo federal voltada ao aumento da produtividade e competitividade das micro, pequenas e médias empresas brasileiras, por meio de soluções práticas, como consultorias, formação profissional e acesso a tecnologias. Com coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o programa é executado em parceria com SENAI, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e BNDES.