O Brasil assumiu a liderança global na exportação de algodão, superando os Estados Unidos e consolidando sua posição também na safra seguinte. A conquista reflete uma combinação de recorde de produção, aumento nas exportações e investimentos consistentes em tecnologia, pesquisa e melhoramento genético.
A safra 2023/2024 marcou o ponto de virada: o país alcançou 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado e exportou cerca de 2,6 milhões de toneladas. Para o ciclo seguinte, as projeções indicam 2,83 milhões de toneladas exportadas e produção recorde estimada em 3,96 milhões de toneladas, consolidando o protagonismo brasileiro no mercado mundial da fibra natural.
O avanço foi impulsionado pela maior área cultivada desde a década de 1990 e pelo uso intensivo de tecnologia no campo. O desenvolvimento de variedades adaptadas ao clima e solo brasileiros aumentou a produtividade e a qualidade da pluma, tornando o produto nacional altamente competitivo no cenário internacional.
A quebra da safra norte-americana também abriu espaço para o crescimento das exportações brasileiras, ampliando a presença do país em mercados estratégicos como Vietnã e Paquistão, que hoje superam a China como principais destinos da fibra.
Apesar dos avanços, o setor enfrenta desafios estruturais, como a concorrência com fibras sintéticas e a necessidade de educar o consumidor sobre os benefícios ambientais do algodão natural — material biodegradável, renovável e sustentável.
O resultado reforça o papel do agronegócio brasileiro como referência global em inovação, eficiência e sustentabilidade, colocando o país definitivamente entre os grandes protagonistas do comércio internacional de fibras naturais.
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