A Green Mining acaba de dar um grande passo para alcançar um marco histórico para a reciclagem brasileira e que pode render mais de R$2,8 bilhões (US$510 milhões) por ano. A startup, especialista em logística reversa inteligente e economia circular, submeteu à certificadora Gold Standard o primeiro Project Design Document (PDD) do país para a geração de créditos de carbono a partir da reciclagem.
A iniciativa pioneira conta com o apoio do Banco do Brasil e da Kipos Soluções Ambientais como parceiros estratégicos, impulsionando a valorização dos catadores como atores fundamentais do setor.
O projeto é baseado no programa Estação Preço de Fábrica, que já vem sendo desenvolvido pela Green Mining ao lado de parceiros como Grupo Boticário, EDP, Ibema, Indorama Ventures, Nude, Parque Global, Tesouro Nacional e B3 e prevê a geração de 260 mil toneladas de créditos de carbono ao longo de 20 anos, com a expansão gradual das operações.
“Estamos abrindo um caminho inédito para que grandes investimentos sejam direcionados à economia circular no Brasil. É um avanço importante para a Green Mining, mas ainda maior para os catadores e recicladores do país, que terão a chance de receber diretamente esse valor adicional e ganhar protagonismo na transição climática”, diz Rodrigo Oliveira, CEO da Green Mining.
Reciclagem e remuneração justa
As Estações Preço de Fábrica, presentes em diferentes regiões do Brasil, têm garantido mais dignidade e remuneração justa para milhares de profissionais que atuam na linha de frente da reciclagem, eliminando atravessadores e promovendo a inclusão produtiva com 100% de compliance social.
“Agora, com os créditos de carbono, parte desse valor será diretamente compartilhada com os catadores, reforçando não apenas o caráter climático da iniciativa, mas também e especialmente o social”, afirma o executivo.
“O BB reafirma seu compromisso com a sustentabilidade ao apoiar iniciativas inovadoras como a da Green Mining, que impulsionam o mercado de créditos de carbono e promovem a valorização dos catadores. Essa parceria estratégica fortalece nossa atuação no financiamento climático e na economia circular, contribuindo para a inclusão produtiva, a justiça social e o avanço da reciclagem no país, em um movimento que transforma desafios ambientais em oportunidades para toda a sociedade brasileira”, comenta José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil.
A atuação de destaque do Banco do Brasil rendeu uma premiação exclusiva: é o único banco brasileiro a integrar a “A List” do Carbon Disclosure Project (CDP) em 2024 e 2025, com nota máxima em gestão de carbono, destacando-se em áreas como governança, políticas ambientais, verificação de emissões e influência em políticas públicas.
Além das parcerias já citadas, o avanço conta com apoio da Global Forest Bond, Climate Ventures, Secretaria de Clima do Município de São Paulo e da Desenvolve São Paulo, que reconhecem a relevância da reciclagem como ferramenta de mitigação das mudanças climáticas. Após a submissão, espera-se que os primeiros créditos estejam disponíveis para comercialização dentro de seis meses.
“Estamos felizes em liderar esse mercado no país, porque o Brasil tem um potencial enorme para a evolução do setor, especialmente em um momento no qual os investimentos climáticos são fundamentais”, reitera o CEO da Green Mining. O desafio dos resíduos sólidos continua imenso, mesmo com uma legislação com cerca de 15 anos (a PNRS) em vigor. “Ainda desperdiçamos grandes volumes de resíduos destinados incorretamente, além da desvalorização histórica aos catadores de materiais recicláveis. A Green Mining nasceu com o propósito de garantir o avanço da reciclagem brasileira com dignidade na cadeia de fornecimento. O pioneirismo faz parte do nosso DNA”.
Fonte: Portal Sustentabilidade





