segunda-feira, junho 16, 2025
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Produtos brasileiros sofrem nova taxação nos EUA – entenda o impacto

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (2) a aplicação de uma tarifa de 10% sobre produtos brasileiros, como parte de sua estratégia de tarifas recíprocas. O anúncio foi feito durante um evento na Casa Branca, nomeado pelo republicano como o “Dia da Libertação”, onde apresentou uma tabela com as novas taxações impostas a diversos países.

Trump justificou a medida como uma forma de proteger a indústria norte-americana e reequilibrar o comércio exterior. Ele criticou administrações anteriores, especialmente a de Joe Biden, por permitirem que outros países aplicassem taxas elevadas sobre produtos norte-americanos, impactando a indústria dos EUA. Segundo ele, esses países estariam se aproveitando dos Estados Unidos.

Além do Brasil, outras nações também foram alvo das novas tarifas. A União Europeia enfrentará uma taxa de 20%, a China, 34%, e o Vietnã, 46%. O presidente também anunciou uma tarifa de 25% sobre todos os veículos importados.

Impacto nas relações comerciais

A decisão afeta diretamente o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Em 2024, o Brasil exportou US$ 40,3 bilhões para os EUA, mas importou um volume ligeiramente superior, de US$ 40,6 bilhões, resultando em um superávit comercial de US$ 283 milhões para os norte-americanos.

Entre os principais produtos brasileiros exportados para os EUA estão óleos brutos de petróleo (14% da pauta de exportação), produtos semi-acabados de ferro e aço (8,8%) e aeronaves (6,7%). Já as importações brasileiras dos Estados Unidos incluem motores e máquinas não elétricos (15%), óleos combustíveis (9,7%) e aeronaves (4,9%).

Reações e próximos passos

O governo brasileiro ainda não se manifestou oficialmente sobre as novas tarifas, mas especialistas avaliam que a medida pode gerar tensões comerciais e levar a uma revisão nas relações bilaterais.

Trump destacou que as tarifas seguirão uma lógica de reciprocidade, sendo no mínimo metade da alíquota cobrada pelos parceiros comerciais dos EUA, com uma taxa mínima de 10%. As novas taxações entram em vigor imediatamente, e os impactos no comércio entre os dois países devem se tornar mais evidentes nas próximas semanas.

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