sábado, junho 21, 2025
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Empreendedorismo negro movimenta R$1,7 trilhão por ano

O Primeiro Congresso Internacional de ESG, realizado  quarta-feira (14), reuniu na sede do Ibrawork, hub de inovação aberta, gestores públicos, empresas, fundadores de startups, membros da academia e sociedade civil para discutir os desafios da agenda ESG na atualidade. Destaque das atividades da manhã, o painel ‘Governança com foco em pessoas em situação de vulnerabilidade’ contou com a participação de Nina Silva, fundadora do Mercado Black Money, Célia Kano, Co-CEO na Rede Mulher Empreendedora, Bárbara Ladeia, Gestora do Programa Green Sampa e mediação de Tania Gomes, diretora de inovação do Ibrawork.

Durante o painel, Nina Silva contou um pouco sobre o Mercado Black Money, plataforma de marketplace com mais de 5 mil empreendimentos que permite a conexão entre empreendedores e consumidores negros, com a intenção de auxiliá-los a utilizar seu poder econômico e populacional em seu próprio benefício.

“Ao longo de nossa jornada percebemos que há muitos brasileiros desejando combater o racismo através do apoio a negócios negros, mas não sabiam como encontrar esses afroempreendedores. Somos 54% da população, 51% dos proprietários de negócios e movimentamos R$1,7 trilhão no ano, mas não controlamos bancos ou grandes mercados”, relatou.

Outro serviço elaborado por Nina, que faz parte do Conselho do Grupo Meta, é o D’BlackBank, fintech criada para conectar consumidores a empreendedores negros. Trata-se de um negócio social que visa a justiça econômica, atuando no fomento do empreendedorismo e da inovação para população afro-brasileira.

Célia Kano, outra convidada do painel, apresentou o Instituto Rede Mulher Empreendedora, fundado por Ana Fontes há 12 anos com a intenção de dar apoio e respaldo para projetos e iniciativas para as mais de 30 milhões de mulheres empreendedoras no Brasil. A rede oferece capacitação, mentorias e rodada de negócios, além de programas gratuitos através de parcerias com grandes empresas.

“Acreditamos que quando uma mulher é empoderada financeiramente, ela não muda só a realidade de sua família, mas também a da sociedade, pois quando elas têm negócios que dão certo, investem em suas comunidades, especialmente, para que haja um contínuo desenvolvimento, e tratam seus públicos de interesse como uma família estendida, pois acreditam no poder colaborativo para melhorar o mundo”, relatou Célia.

Bárbara Ladeia, jornalista que atuava na área de negócios e inovação, encerrou a discussão. Ladeia foi atraída pela agenda ESG após as tragédias de Mariana e Brumadinho. Hoje, gestora do Green Sampa, um programa idealizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e executado pela Agência São Paulo de Desenvolvimento, seu foco é colocar a economia verde como pauta na cidade de São Paulo, mapeando empresas e startups verdes e ideias inovadoras.

“Trata-se da primeira iniciativa pública que busca reunir atores estratégicos de tecnologias sustentáveis para a implementação de soluções inovadoras e apoiar startups com foco em ESG, através de acelerações de negócios. Hoje temos 30 startups aceleradas que podem resolver problemas ambientais de complexidades diferentes”, finalizou Bárbara.

Ibrawork

Fundado por Thomas Law, o Ibrawork é um hub especializado em inovação e que desenha programas personalizados de inovação aberta, cultura e comportamento e gestão da inovação para empresas dos mais diversos setores. Além disso, consistentemente abre seu espaço em São Paulo para eventos e programas que sigam o mesmo propósito.

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