A Stark, primeiro Investment Banking (IB) Digital focado em médias empresas e startups do Brasil, acaba de anunciar a aquisição da Capitalz, fintech de crédito especializada em empresas de médio porte. A aquisição vai permitir que a Stark amplie seu portfólio de produtos, levando a este público soluções até então limitadas ao universo das grandes companhias.
Segundo o CEO da Stark, João Vitor Carminatti, a Stark já possuía uma participação societária na Capitalz, que acabou se especializando em operações de crédito estruturado, transações com as quais a Stark ainda não atuava. “Já vínhamos conversando com o CEO da Capitalz, Bruno Vieira, e acompanhamos o crescimento da empresa de perto. Ao alcançarmos o market fit com nosso produto, focado em M&A, preparamos nossa tecnologia para plugar novos produtos para serem distribuídos por nossos agentes. A aquisição foi totalmente natural e aderente com nossa visão de longo prazo, de conectar as médias empresas ao melhor do mercado de capitais.”, afirma Carminatti.
Com a aquisição, a Stark passará a ter acesso a um mercado maior, ampliando a sua base de clientes e diversidade de produtos financeiros, pois além de M&A, irá oferecer soluções de crédito e operações estruturadas, tais como: CRI, CRA, Sale Leaseback, Venture Debt, entre outras, fornecendo assim acesso a todos os tipos de investidores e transações do mercado financeiro. Essa diversidade de operações, desconhecida pela maioria dos empresários brasileiros, pode ser a esperança para quem acaba de sair de uma recuperação judicial ou deseja reperfilar seu endividamento de curto prazo e ainda encontra-se refém das soluções tradicionais dos bancos de varejo.
Economistas e egressos da Universidade Federal de Santa Catarina, Carminatti e Vieira perceberam que o sistema financeiro tradicional fecha suas portas no momento em que o empresário mais precisa. Na visão de ambos, não importa se você tem bons recebíveis, ativos para dar em garantia ou um bom projeto, basta você ter uma restrição cadastral e parece que o mundo acaba.
“O mercado de crédito é hoje pelo menos vinte vezes maior que o de M&A. É comum um empresário fazer 10 operações de crédito e vender sua empresa apenas uma vez ao longo da sua jornada. A Capitalz possui uma base de mais de mil investidores. São fundos de investimentos, fintechs, family offices, bancos, gestoras e private banks, além dos fundos de direitos creditórios, os chamados FIDCs que estão buscando boas oportunidades de investimento em empresas de médio porte, sejam elas saudáveis ou com boas perspectivas, independente de estarem em dificuldades financeiras ou precisarem concluir uma obra e terem alguma restrição cadastral ou protesto. Com a aquisição, passamos a conectar as empresas diretamente ao mercado de capitais e viabilizamos operações em maior valor, com melhores prazos e menores custos”, revela Carminatti.
Da Caixa para o mercado de capitais
Fundador da Capitalz, Bruno dos Santos Vieira era funcionário da Caixa Econômica Federal, em Florianópolis. Em 2015, decidiu sair do emprego para seguir carreira solo no mercado financeiro. Foi quando criou a empresa e também conheceu João Vitor Carminatti, que passava por um momento parecido.
“Eu atendi um cliente que queria fazer M&A e percebi que era um mercado muito incipiente. Dois meses depois fui em uma palestra do Gualtiero Schlichting (CBO da Stark e diretor da Stark Academy) e percebi que estava diante das pessoas e da empresa certas. Ficamos dois anos interagindo, trocando leads, aí percebemos que não fazia mais sentido manter as operações separadas”, conta Vieira.
Na nova configuração, Vieira passa a ter uma posição relevante na sociedade, por meio da conversão de suas ações na Capitalz em ações da Stark. “O objetivo é tornar a Stark o principal hub para a acesso a capital no Brasil, independente se a necessidade do empresário for crédito, sócio-investidor ou vender a empresa. A aquisição permite ampliar o time, ter mais tecnologia, uma base de dados maior e acesso facilitado a todos os tipos de investidores do mercado financeiro”, destaca.
Histórico
Em 2021, a Stark e a Capitalz já concluíram 11 operações de M&A, Fundraising e Crédito que, somadas, atingem mais de R$ 283 milhões em volume de transações. Juntas elas iniciam o ano com 54 mandatos ativos que representam R$ 3 bilhões em negociação. Um potencial 10 vezes maior do que o performado no ano passado. Em 2021, a STARK dobrou sua receita em relação a 2020 e a expectativa é chegar a um faturamento de R$ 26 milhões esse ano.
Stark
Fundada em 2016, a Stark tem como propósito democratizar com eficiência o acesso a capital para empresas de médio porte, redesenhando o ecossistema para conectar, em menos de uma semana, empresários a investidores por meio de soluções digitais de investment banking. A remuneração só se inicia após a comprovação da existência de um investidor formalmente interessado.
Hoje, a Stark dispõe de uma estrutura tecnológica capaz de apontar para qualquer empresa do país, inclusive fora do eixo Rio-São Paulo, todos os potenciais investidores que ela poderia ter à sua disposição com extrema velocidade. A empresa conta com cerca de 40 colaboradores, escritórios em São Paulo e Florianópolis e mais de 144 agentes de negócios em todos os estados do Brasil. A Stark já concluiu 11 operações de M&A, Fundraising e Crédito que somadas atingem mais de R$ 283 milhões. A empresa possui 54 operações em negociação, num volume total de R$3 bilhões e fechou ano com R$ 5,8 milhões de Receita Bruta, um crescimento de 133% em relação a 2020 e um volume de negociação 10 vezes maior do que o performado em 2021.