sábado, setembro 13, 2025
sábado, setembro 13, 2025

SafeSpace recebe aporte de R$ 11 milhões para tornar empresas mais éticas, seguras e inclusivas

A SafeSpace, startup que desenvolveu uma plataforma digital para facilitar relatos de casos de má conduta nas empresas (assédio, discriminação, fraude, etc), acaba de fechar uma nova rodada de investimento no valor de R$ 11 milhões. O aporte foi liderado pelo fundo ABSeed Ventures e contou também com a participação do DGF Investimentos e de investidores-anjo.

Esta é a segunda rodada fechada pela empresa e a maior já recebida no país por uma startup comandada por mulheres. Fundada em março de 2020, a SafeSpace recebeu o primeiro investimento em outubro de 2020, em uma rodada liderada pelo fundo MAYA Capital e que contou com outros 11 investidores-anjos, incluindo Ariel Lambrecht, fundador da 99; Ann Williams, COO da Creditas; Mariana Dias, CEO da Gupy e Luciana Caletti, fundadora do antigo Love Mondays.

Criada pelas jovens empreendedoras Rafaela Frankenthal, Giovanna Sasso, Natalie Zarzur e Claudia Farias, a plataforma já é utilizada em mais de 50 empresas – entre elas algumas das empresas mais inovadoras do mercado brasileiro: a Creditas, que atua no segmento de empréstimos financeiros online; a Petlove, supermercado online de produtos para animais; a Buser, empresa que está revolucionando transporte por ônibus no Brasil; e o isaac, plataforma especializada em gestão financeira escolar. No portfólio, também estão empresas que operam na América Latina, como a unicórnio NotCo, focada na produção de alimentos à base de plantas. Atualmente, mais de 15 mil pessoas colaboradoras em 7 países diferentes já têm acesso à plataforma da SafeSpace.

O canal de escuta da SafeSpace já é considerado o mais moderno e eficiente do mercado hoje, trazendo para os clientes cinco vezes mais visibilidade dos problemas internos de assédio e má conduta, permitindo a solução dos casos reportados três vezes mais rápido. “Problemas de comportamento sempre existiram nas empresas, mas hoje o risco não é apenas das pessoas envolvidas, mas também, e principalmente, das companhias. Por isso as empresas estão entendendo a necessidade de olhar para ferramentas de compliance de uma forma diferente”, explica a co- fundadora da startup Rafaela Frankenthal.

O que realmente diferencia a SafeSpace dos canais de denúncia tradicionais é que o objetivo não é simplesmente digitalizar o modelo até então adotado. O foco principal da empresa é utilizar a tecnologia para construir confiança para que as pessoas se sintam seguras de relatarem os problemas internamente, enquanto estes ainda são pequenos, e capacitar as empresas com as ferramentas necessárias para mediar e resolver as situações rapidamente.

Um exemplo prático dessa inovação é a funcionalidade Connect, recém-lançada pela SafeSpace. O recurso permite que funcionários façam um relato com a condição de que não sejam a primeira ou única pessoa a fazer um relato sobre o mesmo indivíduo. Isso ajuda a encorajar os colaboradores a vencer o medo e relatar preocupações antes que os problemas se tornem mais graves, e do outro lado ajuda o compliance e o RH a identificarem padrões de comportamento recorrentes.

As empreendedoras ressaltam que há cada vez mais casos de assédio e má conduta aparecendo na mídia, o que tem gerado nas empresas uma grande preocupação em garantir o bem-estar de seus colaboradores e a boa reputação de sua marca como forma de continuar crescendo. “Recebemos muitos contatos de empresas que estão sendo direcionadas por investidores de capital de risco ou private equity a implementarem soluções de compliance mais eficientes. Isso é uma prova de que a postura do mercado está mudando”, diz Rafaela.

Como empreendedora, ela também chama a atenção para o fato de o próprio universo das startups ainda sofrer um gap de gênero. “Temos muito poucas mulheres no comando e um volume ainda muito pequeno de investimentos voltados para as empresas formadas por um time totalmente feminino. Mas o mercado está mudando rápido, ao mesmo tempo que o produto que estamos desenvolvendo está sendo motor de mudança de cultura nas empresas, nós também estamos à frente dessa transformação como empreendedoras.”

“Apostar em um time com quatro fundadoras mulheres, que têm como missão tornar o ambiente de trabalho legitimamente seguro, traz um componente muito especial para esse investimento. Natalie, Rafaela, Claudia e Giovanna são articuladas, têm um profundo entendimento sobre esse mercado e atuam em um problema que é a dor de praticamente toda empresa. Aliada a um propósito, essa experiência se materializa em um produto muito bem acabado e extremamente eficiente enquanto solução”, afirma o sócio da Abseed., Geraldo Melzer.

SafeSpace

Criada em março de 2020, a SafeSpace é uma startup que nasceu com a proposta inovadora de ser uma plataforma digital capaz de prevenir, comunicar e resolver problemas de comportamento no trabalho de forma rápida, prática e eficaz, substituindo os antigos e obsoletos canais de denúncia analógicos e contribuindo para a construção de uma cultura de confiança dentro das empresas.

A plataforma guia o usuário ao longo de todo o processo, ajudando-o, inclusive, a entender se o fato que pretende relatar pode ser mesmo classificado como assédio ou discriminação. A ferramenta foi projetada para capturar todas as informações necessárias, reduzindo o tempo gasto com investigação. Por meio de um painel intuitivo, o administrador consegue gerenciar informações de maneira eficiente e pode fazer perguntas para o colaborador, mesmo em modo anônimo. Quem relatou, por sua vez, consegue acompanhar todo o processo em tempo real, identificando quando seu relato foi visualizado, quando a empresa deu início à investigação e qual o resultado do processo.

ABSeed Ventures

Fundada em 2016, por Geraldo Melzer, Felipe Coelho, Franco Zanette e Marcelo Hoffmann, a gestora de venture capital ABSeed Ventures nasceu com o intuito de investir em startups early stage, que adotam especificamente o SaaS (Software as a Service ) como modelo de negócio e que têm como clientes outras companhias (B2B). Para além do capital e do network, a gestora apoia suas investidas com o conhecimento e a expertise que seus sócios detêm no setor – três dos quais egressos da RD Station, antiga Resultados Digitais, um dos principais cases de SaaS do Brasil.

Últimas Notícias

Notícias Relacionadas