A Petrobras anunciou hoje (28) os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2021 com lucro líquido de R$ 31,1 bilhões, 27,3% menor que o do segundo trimestre do ano, mas que diminuiu a dívida bruta da empresa para US$ 59,6 bilhões. Com o resultado, a companhia atinge, com mais de um ano de antecedência, a meta de ficar com a dívida bruta em US$ 60 bilhões, prevista para o final de 2022. De acordo com a estatal, o cumprimento desta meta, mostra o “compromisso da companhia com uma gestão técnica e equilibrada”. A dívida da Petrobras chegou a mais de US$ 130 bilhões em 2014.
O presidente da companhia, Joaquim Silva e Luna, comemorou o resultado. “Atingimos nossa meta de endividamento muito antes do planejado e estamos dividindo parte das riquezas geradas com a sociedade e nossos acionistas através de impostos, dividendos, criação de empregos e investimentos”.
Desempenho
Em nota, a estatal explica que no resultado financeiro do terceiro trimestre de 2021 teve lucro líquido recorrente de US$ 3,3 bilhões. Entre os destaques, estão a geração de caixa operacional e o fluxo de caixa livre, totalizando US$ 10,5 bilhões e US$ 9 bilhões, respectivamente, e EBITDA ajustado recorrente de US$ 12,2 bilhões.
Outros destaques do resultado são o recebimento de US$ 2,9 bilhões dos parceiros no acordo de coparticipação de Búzios e a entrada em caixa de US$ 2,2 bilhões decorrentes da oferta pública da Petrobras Distribuidora, realizada em julho.
Produção
O sólido desempenho financeiro do trimestre foi resultado da boa performance operacional. A produção média de óleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 2,83 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no período, um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior, mesmo em um cenário ainda de restrições em função da pandemia da COVID-19. O pré-sal atingiu 71% da produção, com destaque para a entrada em operação do FPSO Carioca (campo de Sépia) e para o atingimento do topo de produção do FPSO P-70 (campo de Atapu).
As vendas de derivados no trimestre alcançaram volumes de 1,9 milhão de barris por dia (bpd), 10,7% maiores do que no trimestre anterior, com aumento na comercialização de todos os produtos. A produção de derivados nas refinarias também subiu 11% no mesmo período devido à maior demanda do mercado interno e maior disponibilidade das unidades de refino. Na comparação do segundo e do terceiro trimestre, o fator de utilização das refinarias aumentou de 75% para 85% e, em outubro, chegou a alcançar 90%.
Em 5 de outubro, a Petrobras concluiu com sucesso a parada programada da Rota 1 do pré-sal da Bacia de Santos. Foram adotadas diversas ações para mitigar os impactos associados à redução da oferta de gás, como a ampliação da capacidade do Terminal de Regaseificação da Baía de Guanabara de 20 milhões para 30 milhões de m³/dia e o aumento do volume de GNL regaseificado, que alcançou uma média de 30 milhões de m³/dia no terceiro trimestre, crescimento de 66,7% em relação ao trimestre anterior.
“Continuaremos atuando com disciplina de capital, investindo em ativos resilientes e com taxas de retorno adequadas, com foco na geração de valor para a sociedade. O resultado desse trabalho é o lucro, mas é bom enfatizar que a Petrobras não persegue o lucro pelo lucro. Nosso objetivo é retornar valor para nossos acionistas e para a sociedade, através de impostos, dividendos, criação de empregos e investimentos, que dentro do contexto da transição energética, devem ser acelerados, principalmente o desenvolvimento no pré-sal”, destaca Joaquim Silva e Luna.