sábado, junho 14, 2025
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Irani realiza primeiro ‘investor day’ e revela investimentos de mais de R$900 milhões para os próximos 10 anos

Por Joana Lopo

De olho na expansão do mercado de papel e celulose, a Irani quer faturar mais com apostas em sustentabilidade e crescimento orgânico. No primeiro Investor Day, realizado de forma virtual, nesta quinta-feira (7), e acompanhado pela equipe do INEWSBR, presidente e diretores da empresa revelaram planos futuros e falaram sobre as expressivas conquistas, como o faturamento de R$ 1,03 bilhão, no acumulado do ano, sendo 14,6% maior do que em 2019, e sobre a perspectiva de investir mais de R$ 900 milhões nos próximos 10 anos.

De acordo com o diretor-presidente da empresa, Sérgio Luiz Cotrim Ribas, o lucro líquido disparou 342% e registrou o montante de R$ 67,7 milhões no segundo trimestre de 2021, sendo o segmento Embalagem de Papelão Ondulado responsável por 57% da receita líquida. Para ele, os bons resultados que a empresa vem apresentando levou à mudança de estratégia, com foco em expansão e crescimento.

Atualmente, a principal planta da empresa está localizada em Vargem Bonita, no estado de Santa Catarina, onde possui um escritório e três unidades, e também está presente São Paulo e Minas Gerais. Segundo Ribas, uma das estratégias de crescimento da empresa é de inaugurar mais uma planta de embalagem, que está em fase de engenharia conceitual.

Diretor-presidente da Irani, Sérgio Ribas

“Isso faz parte de nosso investimento pós Plataforma Gaia. Vamos focar também na expansão da linha de celulose de capa mais alto, com mais rigidez na fibra e uma nova máquina de papel. Somos a terceira maior em papel para embalagem no Brasil e acreditamos que vamos revolucionar a produção de papel no país”, disse Ribas.

Plataforma Gaia

Para ampliar a competitividade, a capacidade de produção e suficiência energética da empresa, o diretor-presidente disse que o foco é no portfólio de projetos de expansão, que é a chamada Plataforma Gaia, que está dividida em três ciclos, contemplando desde a própria expansão e recuperação de químicos, como gerenciamento de informações e processos, entre outros. O investimento será de R$ 883 milhões no primeiro ciclo, R$ 70 milhões no segundo e o terceiro ainda está em estudo, conforme Ribas.

“Essas são nossas estratégias para os próximos 10 anos. Depois de formar nossa base vamos agora partir para aumentar volume de papel produzido, aumentar participação de mercado e nos estabelecer como marca referência. Queremos mais produção, e queremos crescer com retorno acima do custo de capital para gerar valor, mas sempre valorizando as soluções sustentáveis, confiança e ética entre colaboradores, clientes e mercado”, revela Ribas.

Segundo ele, a empresa tem também compromissos públicos com soluções ambientais, em termos de sua Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG), assim como com a diversidade. Conforme Ribas, 20% do quadro de colaboradores são de mulheres e a intenção é de dobrar nos próximos anos.

“O setor tem característica muito masculina, mas estamos mudando isso e queremos mais de 50% de mulheres em cargos de liderança. Isso é fundamental para operação como todo. Da mesma forma vamos apostar em sustentabilidade, com a redução de 30% no consumo de água e nossa energia será 100% renovável até 2025. Seremos autossuficientes em energia renovável. Vamos agora entrar na fase de execução de projetos e depois de investimentos, com responsabilidade e inovações teremos preços competitivos e seremos a referência que queremos ser”, disse.

E-commerce

Um dos setores que mais impulsiona a venda de embalagens é o e-commerce. De acordo com dados apresentados pela Irani, em 2020, houve um crescimento de 48% do comércio eletrônico, especialmente alavancado pela crise sanitária. Mas a tendência das vendas online já é uma realidade. A previsão de crescimento até 2024 é de 18%, para o varejo, o que por consequência eleva o setor de papel e celulose.

“Além disso, a substituição do plástico pelo papel, o apelo ambiental e necessidade de soluções sustentáveis para a população mundial só nos mostra um caminho promissor. E vamos nos fortalecer em todas as frentes. Atuamos também no Business-to-business (B2B), porque parceria com relação de confiança e ética faz parte da nossa missão”, afirma Ribas.

A empresa atua nas linhas de saco de pão, formas para bolos, salgados, embalagem de açúcar, envelope, sacola para varejo, saco para delivery, entre outros nichos. De acordo com o diretor da Irani, Henrique Zugman, é referência para sacos delivery, com crescimento de 16,7% de 2017 até o terceiro trimestre deste ano. A linha BagKraft é uma das apostas, com papel 100% reciclado e reciclável, certificação de manejo florestal e resistência física para sacos e sacolas de diversos segmentos.

“Outro mercado nosso que é promissor é o de resinas, que cresceu 12% nos últimos nove anos e responde por 10% do negócio. O Breu utilizados na fabricação de adesivos, chicletes, cera depilatória, borracha, tinta de impressão e a Terebintina, que é utilizado na fabricação de corantes e outros”, conta Zugman. Segundo ele, em relação ao marktshare do papelão ondulado houve crescimento de 68,71%, com a produção saltando de 65 mil toneladas para 191 mil em 15 anos.

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