A 2W Energia, uma das principais plataformas de energia renovável do país, dá início à mobilização das obras do Complexo Eólico Anemus. A construção do complexo, que terá três parques, será desenvolvida pela Allonda Engenharia, empresa com foco em soluções sustentáveis. Atualmente, estão em desenvolvimento os trabalhos de engenharia e planejamento, a preparação do canteiro de obras e a contração de pessoal.
Localizado nos municípios de Currais Novos e São Vicente, no Rio Grande do Norte, o complexo será uma planta de geração de energia limpa e renovável, com 138,6 MW de capacidade instalada. A energia gerada será destinada, principalmente, aos clientes da divisão de varejo da 2W, composta por pequenas e médias empresas que buscam a migração ao mercado livre de energia.
O complexo Anemus terá 33 aerogeradores com potência nominal de 4,2 MW cada. O CEO da 2W Energia, Claudio Ribeiro, explica que são recursos com forte geração que buscam as características locais. “Selecionamos esse modelo de aerogeradores para um melhor aproveitamento dos recursos eólicos da região, o diâmetro dos rotores será de 147 metros e a altura das torres, 125 metros acima do solo”, explica.
Responsável pela parte civil das obras, a Allonda ressalta que a importância do projeto vai além da questão econômica, tendo forte impacto positivo socioambiental. “A capacidade de geração de energia limpa e sustentável dos três parques será o equivalente ao abastecimento de energia de 360 mil residências, evitando a emissão de mais de 260 mil toneladas de dióxido de carbono (CO²) por ano”, afirma Leo Cesar Melo, CEO da empresa.
No total, o complexo deve ser responsável pela geração de cerca de 2 mil postos de trabalho. O início da geração de energia no Complexo Eólico Anemus está previsto para o segundo semestre de 2022. O Brasil já conta com mais de 720 parques eólicos com, aproximadamente, 8.550 aerogeradores.
Garantia de investimentos
Para garantir a totalidade dos investimentos do complexo eólico Anemus, a 2W realizou a emissão de R$ 475 milhões em debêntures verdes. A operação, certificada como “Green Bond” ou Título Verde, é um marco para o setor de energia, ao ser viabilizada exclusivamente por um portfólio de contratos de venda de energia para pequenas e médias empresas brasileiras no Ambiente de Contratação Livre de Energia. Com a emissão das debêntures, o parque eólico Anemus completa o equacionamento financeiro dos recursos para sua construção.